domingo, 22 de maio de 2011

Menina graciosa na luz meio-tom de uma jovem manhã, ela suspira e se ajeita no travesseiro.
E através de sua face as primeiras sombras voam para beijar a menina graciosa.
Em seu mundo de conto de fadas, ela é um alma penada cantando em uma voz triste que ninguém ouve.
Ela não espera pela aparição de seu cavaleiro branco, ela não tem um castelo de fantasias.
Menina insana descendo a avenida forrada escovando o sono dos seus olhos de mulher jovem.
Corre reduzindo seus sonhos. Corre para o trem. Ouça a sua máquina de escrever zumbindo,
reduzindo seus sonhos novamente.
Ela almeja ir para o mundo com um vestido branco esvoaçante, uma casa de madeira e um amor.
Ou pescar no lago dos fundos de casa, dando uma volta pela Primavera, ou morrer por uma causa em algum lugar.
Mas o seu futuro demora pra chegar e o presente está reduzindo seus sonhos novamente.

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