quarta-feira, 13 de abril de 2011

Todo suicida acredita na vida após a morte

Uma bala perdida encontra alguém perdido, encontra abrigo num corpo que passa por aqui. E estraga tudo. Enterra tudo. Tudo que ele deixou foi uma carta de amor para uma apresentadora de programa infantil. Nela ele dizia que já não era criança, e que a esperança também dança como monstros de um filme japonês. Tudo que ele trazia era uma foto desbotada recortada de revista especializada em vida de artista. Tudo que ele queria era encontrá-la um dia. Tudo que ele tinha cabia no bolso da jaqueta. E a vida quando acaba, cabe em qualquer lugar.

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