sábado, 16 de abril de 2011

Ele bebendo vodka defronte da Torre Malakof descobre que o chão do Recife afunda um milímetro a cada gole. Ele na rua do hospício, no meio do asfalto, fez um jardim. Em que paraíso distante ele espera por mim?
E eu virada pra Lua, rezando na igreja de são ninguém. Se o mundo for só de mentira, só eu acredito que existe além. Que existe outra natureza que venha ocupar o lugar do fim. Mas em que paraíso distante ele espera por mim?
Eu zerei meu passado e me escondi no escuro do furacão. E se eu vejo só alegria, só ele antevia a revolução
O mar derrubando o dique, invadindo a cidade enfim.
Em que paraíso distante ele espera por mim?

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