terça-feira, 15 de março de 2011


Se confiasse em mim você seguraria firme minhas mãos, passaria os dedos sobre meus cabelos e diria que ama todos os meus defeitos. Faria eu escutar uma música dezenas de vezes sem perceber e fingiria que eu nunca desliguei o telefone na sua cara. Amaria a cor das minhas unhas e nunca teria medo comigo. Seria forte o suficiente para me segurar quando eu quisesse te bater, e forte o bastante pra se acalmar quando o quisesse fazer. Nos acalmaríamos com um beijo de novela(ou alguns cigarros), e depois, morreríamos de rir de toda aquela raiva incontida.
Não tentaria me entender, tento isso a dezesseis anos e a única coisa que consegui foi ficar meio maluca. Fingiria que não se importa com a minha maneira irreal de ver as coisas, amaria isso também. Não me deixaria nervosa, não me largaria, não me mataria de raiva e não me pediria perdão.
Me seguiria enquanto eu caminhasse bêbada e sem destino por aí, pensando ser a garota mais interessante do mundo. Você acreditaria nisso.
Não esperaria demais de mim, eu costumo fugir quando fazem isso.
E quando eu deixasse a loucura transbordar, você desligaria o fogo.
Mas faria nunca parar de ferver.
Queimaria comigo.

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