quinta-feira, 31 de março de 2011

é preciso saber viver.

Eu tô amando mais
Tô chorando mais
Tô vendo o sol nascer
Tô arriscado mais
E até errando mais
Tô fazendo o que eu quero fazer

Tô aceitando as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...

O acaso me protede
Enquanto eu ando distraida
Tô complicando menos
Trabalhado menos
Vendo o sol se pôr
Tô me importado menos
Com problemas pequenos
Tô morrendo de amor...

Tô aceitando
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

BIPOLAR

quarta-feira, 30 de março de 2011

Heavy Metal do Senhor

O cara mais underground que eu conheço é o diabo
Que no inferno toca cover das canções celestiais
Com sua banda formada só por anjos decaídos
A platéia pega fogo quando rolam os festivais...

Enquanto isso deus brinca de gangorra no playground do céu
Com santos que já foram homens de pecado
De repente os santos falam "Toca deus um som maneiro"
E deus fala "Aguenta aí, vai rolar um som pesado"

A banda cover do diabo, acho que já tá por fora
O mercado tá de olho é no som que deus criou
Com trombetas distorcidas e harpas envenenadas
Mundo inteiro vai pirar com o heavy metal do senhor...

Olhos nos olhos;

Quando você me deixou, meu bem,
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,
Mas depois, como era de costume, obedeci.
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando,
Me pego cantando, sem mais, nem por quê.
Tantas águas rolaram,
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.
Quando talvez precisar de mim,
Cê sabe que sou sempre sua, venha sim.

O mundo que eu vejo é uma extensão do meu próprio 'eu'.

Traga o gosto e a alma de quem emerge do arco íris. Não deseje compreender o mundo como racional, deseje senti-lo e queira vivê-lo com a emoção do dia que não tem amanhã. Simples. Expressando os sentimentos e impulsos da alma em cada gesto impensado, apela pra fuga, pro sonho. Não procurará enxergar o mundo em que vive, fugindo da realidade que o cerca e entregando-se a viagens imaginárias, terras distantes e exóticas. Fascinante e inexplorado. No centro de um universo que não lhe agrada, manipula e agride a tua individualidade. Certamente é na loucura que fica o teu abrigo, onde tua consciência não tem censura nem amarras.

Os meus sonhos são todos muito maiores que eu..

menores do que eu vou ser.

aos que não compreendem;

Eu não quero machucar seu coração, mas eu decidi ir a lugares e fazer coisas que eu sei que você não entende, mas é o que eu preciso para ser feliz. Eu te amo, e não vou abandoná-la. Estou apenas explorando minhas opções. Minha vida é fazer o que é melhor para mim. O que eu julgo melhor. Isto é o que eu escolho fazer. Explorar. Viver. À minha maneira, dar  o melhor de mim para a minha felicidade. Amar. Rir. Cometer erros e aprender com todos eles. Por favor, não me faça sentir mal por fazer o que eu quero fazer.

domingo, 27 de março de 2011

medo de que?

Os caminhos todos temos mesmo um dia que passar
O sentido desta vida é ir em frente, caminhar
O amor é uma flor que nasce em qualquer lugar
E essa flor um dia a gente colhe
O destino rola solto feito bola de bilhar
O futuro nunca dorme, seu trabalho é te puxar
Você pode ser caipira, não lhe custa, é só tentar
A razão é sua,escolha como usar
Não há segredo, não há segredo
Medo de quê?
Não me diga qual o drama que eu não quero nem saber
Quando o sono pega forte só nos resta adormecer
Se eu me sinto numa boa posso tudo compreender
O segredo é que não há segredos
Não há segredo, não há segredo
Medo de quê?
Os cavalos, galopando, galopam que nem você
E os motores dessa vida são difíceis de entender
A escolha é sempre simples, o difícil é decidir
Tudo é novo no que está por vir
Não há segredo, não há segredo
Medo de quê?
Os caminhos todos temos mesmo um dia que passar
O sentido desta vida é ir em frente, caminhar
O amor é uma flor que nasce em qualquer lugar
E essa flor um dia a gente colhe...

O sol prometeu pra lua
Um ramalhete de flor
Se um tolo comete encrenca
Que dirá quem tem amor.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Desde quando?

Desde quando errar é humano?
desde quando humano é normal?
desde quando errando é que se aprende?
desde quando poluição é progresso?
desde quando progresso é melhor?
acho melhor começar tudo de novo
do que acabar pela primeira vez
até quando?
você insiste em dizer
que enxerga na escuridão
você insiste em dizer
que controla a situação
não minta agora, agora não
desde quando viver é um sonho?
desde quando um sonho é preciso?
eu preciso do que eu quero
eu espero que você me dê
desde quando ordem e progresso
nos levarão a algum lugar?
nem tudo que brilha é ouro
nem todo ouro pode nos salvar
desde quando poesia é verdade?
desde quando verdade vicia?
eu tô esperando que você me diga
desd'aquele dia.

Rock'n'roll não é o que se pensa
o que se pensa não é o que se faz
o que se faz só faz sentido
quando vivemos em paz
desde quando?
você insiste em dizer
que resiste à tentação
não minta agora, agora não.

"muito mansa e muito louca com a voz na tua boca."

Se um dia me quiseres te darei
Meus melhores olhares
Com a vida farei malabares.

terça-feira, 15 de março de 2011

'não caberemos todos em Miami'

Triste vocação, a nossa elite burra se empanturra de biscoito fino
Somos todos passageiros clandestinos dos destinos da nação
Triste destino, engolir sem mastigar
Chuva de containers, entertainers no ar
Triste sina da América Latina
Não escaparemos do vexame
Não caberemos todos em Miami.

Se confiasse em mim você seguraria firme minhas mãos, passaria os dedos sobre meus cabelos e diria que ama todos os meus defeitos. Faria eu escutar uma música dezenas de vezes sem perceber e fingiria que eu nunca desliguei o telefone na sua cara. Amaria a cor das minhas unhas e nunca teria medo comigo. Seria forte o suficiente para me segurar quando eu quisesse te bater, e forte o bastante pra se acalmar quando o quisesse fazer. Nos acalmaríamos com um beijo de novela(ou alguns cigarros), e depois, morreríamos de rir de toda aquela raiva incontida.
Não tentaria me entender, tento isso a dezesseis anos e a única coisa que consegui foi ficar meio maluca. Fingiria que não se importa com a minha maneira irreal de ver as coisas, amaria isso também. Não me deixaria nervosa, não me largaria, não me mataria de raiva e não me pediria perdão.
Me seguiria enquanto eu caminhasse bêbada e sem destino por aí, pensando ser a garota mais interessante do mundo. Você acreditaria nisso.
Não esperaria demais de mim, eu costumo fugir quando fazem isso.
E quando eu deixasse a loucura transbordar, você desligaria o fogo.
Mas faria nunca parar de ferver.
Queimaria comigo.

domingo, 13 de março de 2011

Vê, coloquei a tua frente a vida e o bem, a morte e o mal.



Não fumei nenhum cigarro, não tomei nenhum café. Almocei salada. Meu computador travou 34 vezes, o ventilador estragou, a in­ternet estava lenta e eu estava com um torcicolo do mal. Mas eu não preciso de comida, não preciso emagrecer, não preciso de dinheiro, nem de cigarro, nem de dormir. Não preciso estudar nem beber uma cerveja num barzinho nem sair de casa. Não preciso de lentes novas, livros, margarina ou um corte de cabelo. Eu preciso de você.

"A gente nunca pode julgar o que acontece dentro dos outros." Caio F.

sábado, 12 de março de 2011

de fé;

Tenho muitos amigos, tenho discos e livros, e quando eu mais preciso...tenho sorte e juízo, cartão de crédito e um imenso disco rígido, mas quando eu mais preciso, eu nem tenho você.



Àquele gênio adormecido...

Engula a tua hipocrisia sem gelo e sem sabor, chafurda te no mundo o qual lhe enoja até o vomito; que estarei lá junto aos mais de mil palhaços assistindo à tua comédia. Que lhe desça seco doído e te abra os olhos para tudo o que deixas. Que um dia acorde ao som da tua desgraça. Escolha mal feita que lhe traça o destino do pior caminho. Ides contra teus anseios por orgulho. Enfia te a cara nessa nuvem clara e doce que contradiz todas as tuas ideologias assim como se contrapõem o preto e o branco numa fotografia. Sinta o gosto da covardia como que o refúgio que nunca te fostes necessário. Explica te então o que houve à tua personalidade intragável de quem vira a mesa sem olhar pra trás, e a teus olhos frios livres de temor, o que houve? Diga se lhe agrada pertencer ao centro da mais tola das saídas, que um dia teve todo o teu repudio.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Eu não estou atormentada por nenhuma dor, isso é bom.

Rastejando até o mormaço da penumbra cálida que chove na noite de hoje. Se guiando sem ter porquê. Sentindo o cigarro forte queimar-lhe os dedos e os lábios. A força vinda do desconhecido permanece o corpo de pé. Ainda assim, sem ter porquê.

fumiflamante clama

Uma inconstante mutação de humores e razões que só mesmo um louco clinicamente comprovado poderia acompanhar. Aqui estou sendo sincera. Saiba que te amo, e odeio saber que você não pode sentir isso. Da maneira que eu sinto também é difícil entender: com esse turbilhão de coisas que me afastam de você sem que eu possa amá-lo ainda mais em troca. Desde quando foi assim? Quando eu coloria os quadros que estavam nas paredes da escola ou das casas em que tinha aniversários supostamente divertidos. Adorava as cores da comida, saboreava o visual de todas, como se me levassem a algum lugar difícil de encontrar. Tinha também aqueles dias em que eu me escondia e nenhuma pessoa conseguia me achar sem que eu quisesse. Parecia que eu estava sentada no meio da rua, ou no pé de uma árvore, mas eu sabia que estava escondida, e só sua aura - e seu jeito de me desprezar até mesmo sem querer – poderia pairar na forma de um abraço, bem antes da sua voz. Tirando enfim minha incerteza dali.
Eu gostava que tivesse alguém tão insensato capaz de realizar comigo todos os sonhos incompreensíveis que um dia eu tive, só não entendia porque era tão raro esse momento. E me irritava não entender. Já não entendia muita coisa, precisava de mais uma? Já não entendia nós dois. Mas quanto a isso tudo bem, tem gente bem mais sã que eu garantindo que relacionamentos não existem para ser compreendidos.
Claro que eu planejei o que não devia, quis que fosse mesmo um amor, e que você sentisse isso, mas vamos ser realistas, quais eram as probabilidades disso acontecer? Seria mais fácil eu levar a Serra Dourada inteira numa minivan com um carreto cheio de palhaços, equilibristas e adestradoras de leões que sabem ler relógios digitais até o Everest. Não é óbvio? E você ainda assim fez parecer que queria ficar ao meu lado. Limitando sua vida livre às minhas anomalias e meu jeito irreal de ver o mundo. Gostaria de ouvir da sua boca o porquê disso. Mas acho que não preciso e que não me convenceria de que pouco acrescentei a sua vida. Eu, com toda minha tolice, exigiria que fosse verdade todas aquelas visões de odaliscas carregando a minha dor pra dentro de seu disco voador.
Sei que não me procuraria nunca mais e nem que pretendesse me encontraria porque tenho a distinção de não me guardar ‘onde qualquer um se esconde, pra fazer a frase feita e sentir os efeitos colaterais’. Florestas parecem atraentes, mas lá não vou saber se as vozes que eu ouço vem de algum predador ou da minha própria cabeça. O mato nunca fica em silêncio e fica longe, muito longe. Longe demais para eu manter a lucidez, que pode permanecer perfeitamente impenetrável dentro de mim.
Não queria ter visto como um abandono, mas como minha alforria. E se ontem eu chorei, deveria gritar pela liberdade conquistada com meus cotovelos queimando ao rastejar no asfalto e meu pranto que brota quando batem os ventos, os mesmo daqueles dias. Eram muito lindos, os momentos, belos como alguma maravilha que você vê pela primeira vez. Tudo que tenho feito da minha vida não é como autopunição, mas como fuga do meu mundo interior. Dos cheiros, das cores, das ideias brilhantemente desconexas que tinha pra nós. É provável que esteja gastando aqui meu último lapso de coerência, e se algum dia nos encontrarmos novamente você poderá me responder se existe aqui algum sentido, e eu com olhos marejados de dúvidas tentarei imbecilmente compreender.
Relendo antes de decidir te deixar pensar em mim como uma piada, não pude desistir e me deixei convencer de que nossa vida seria uma bela novela cheia de drama, pausada por reviravoltas. Para mim provavelmente era. Para nós, que lidávamos com nossas respectivas surpresas de roteiro, trabalhadas com esmero pelas partes incógnitas do cérebro doente, o drama virava suspense com um simples olhar. Ao que me lembro, chegamos até mesmo a descambar para a introdução de um filme macabro. Mas, não creio que minhas memórias tenham tanto valor agora para qualquer pessoa que não esteja em uma sala com um divã, mordendo as peles ao redor dos dedos, refletindo sua incontrolável curiosidade mórbida em anos de estudo, mestrados e doutorados.
Não quero me deixar em paz. Nem quero saber o que você pensa. Aqui, estou tirando a trava de minha demência. Tudo que controlei– ou que tentei – vai atravessar minha mente como uma boiada brava no sertão, levantando fumaça densa e niquelada, desnudando cada ângulo que permaneceu obscuro. Daqui a poucos dias estarei tão mais reconhecível. Aqui eu te deixo, aqui eu me encontro. Daqui em diante, vou ouvir as canções entoadas pelas ruas e pelas praças, por cegos em portas de igrejas, por realejos em quermesses sem maçãs do amor. Vou contemplar ternos alinhados no futuro, pra depois enlouquecer de vez e contemplar só os pés descalços, não se escaldando em agonia, vivendo a liberdade que é o ar fresco bater gritando pelo tempo perdido. Vou me alimentar de trevos de três folhas, deixando os de quatro para quem teve mais sorte que eu.


8 ou 80


Mediano não me interessa. Extremos, quero extremos. Quero um louco me seguindo de carro nas ruas. Quero trazer o perigo pra bem perto de mim. Quero alguém tão apaixonado, doentio e obcecado quanto eu. E quero muito parar de pensar nisso, porque essas coisas só acontecem quando a gente não espera.

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma pessoa igual a cem milhões de outras pessoas. Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Será para mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.



Admitir que a vida é guiada pela razão, é renunciar a possibilidade de viver.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O FRACASSO É UMA FRAUDE TÃO GRANDE QUANTO O SUCESSO.


Repudio à mentalidade servil de "não perca seu emprego".


Eu vejo aqui as pessoas mais fortes e inteligentes.

Vejo todo esse potencial desperdiçado.

A propaganda põe a gente pra correr atrás de carros e roupas.

Trabalhar em empregos que odiamos para comprar merdas inúteis.

Somos uma geração sem peso na história.

Sem propósito ou lugar. Nós não temos uma Guerra Mundial.

Nós não temos uma Grande Depressão. Nossa Guerra é a espiritual.

Nossa Depressão, são nossas vidas.

Fomos criados através da tv para acreditar que um dia seriamos milionários, estrelas do cinema ou astros do rock.

Mas não somos. Aos poucos tomamos consciência do fato.

E estamos muito, muito putos.

Você não é o seu emprego.

Nem quanto ganha ou quanto dinheiro tem no banco.

Nem o carro que dirige.

Nem o que tem dentro da sua carteira.

Nem a porra do uniforme que veste.

Você é a merda ambulante do Mundo que faz tudo pra chamar a atenção.

Nós não somos especiais.

Nós não somos uma beleza única.

Nós somos da mesma matéria orgânica podre, como todo mundo.
                    Tyler Durden.

Esse é o problema - o olho responsável por uma lágrima involuntária, ele sonha em um andaime enquanto fuma seu cachimbo.

esperança fria.

Existindo num lugar comum a tanto tempo se desconhece a origem desse descontentamento indecifrável surgido a pouco a respeito de tudo o que se vive e se sente e se vê. É como se o que foi até hoje a essência de tudo se tornasse banal e de uma falta de sentido incostestável. Entre as notas que soam e a fumaça cinza que paira no ar. É notável a insatisfação diante do mundo que tenho agora nas mãos. Fugir. Sumir. Descartar tudo o que é tão fútil e mesquinho. Por onde começar? É preciso trair tudo e trazer a solidão. Quem me dirá se já não foi feito? Se me encontro em cada detalhe sozinha e incompreendida. O que eu trouxe pra mim? Onde busquei a indiferença que me deixa a cada vez mais sozinha, tendo ao meu lado tudo o que eu quis? É mais fácil encontrar quando se sabe o que se está procurando. Seria essa a parte mais difícil, embora se encontre dentro de si todo o desprendimento. Uma incógnita até então.